A Dimensão Marítima da Segurança Energética Chinesa

Autor principal:
Carla Isabel Patricio Fernandes (Instituto Português de Relações Internacionais)
Programa:
Sesión 1
Día: miércoles, 20 de septiembre de 2017
Hora: 16:00 a 18:00
Lugar: Sala de Juntas

A RPC é o maior consumidor mundial de energia e o segundo maior importador de petróleo. Para Pequim, a segurança energética é de extrema importância para o contínuo desenvolvimento económico, para a estabilidade político-social e para a segurança nacional. A insegurança energética chinesa é agravada pela elevada dependência do transporte marítimo das suas importações energéticas (90%) e acrescida pelos desafios à passagem por chokepoints como o Estreito de Malaca, por onde circulam cerca de 80% das suas importações de petróleo. Essa insegurança foi evidenciada pelo Presidente Hu Jintao que, em Novembro de 2003, referiu-se a essa Estreito como o “Dilema de Malaca” (Maliujia kunjing), e é partilhada por alguns analistas chineses (Wei Da, 2005; Zhang Zhong Xiang, 2011; Chen Shaofeng, 2010) que defendem que a incapacidade de o controlar poderá ser desastroso para a segurança nacional.

Perante este quadro, a RPC tem desenvolvido estratégias para a segurança de fornecimento, através do melhoramento da estratégia naval com a modernização e ampliação da marinha, e com o lançamento de grandes projetos, como a construção de uma “Nova rota da Seda marítima do século XXI”. Um projetos da iniciativa “Uma Faixa, uma Rota” (One Belt, One Road) lançado pelo presidente chinês Xi Jinping, em 2013.

Neste artigo iremos focar-nos na dimensão marítima da segurança energética chinesa, apresentando os desafios atuais e futuros que se colocam ao transporte marítimo das importações chinesas. Iremos, igualmente, analisar as principais estratégias adotadas por Pequim para mitigar as vulnerabilidades existentes nesta dimensão.

Palabras clave: Segurança Energética, RPC, transporte marítimo, OBOR